Relatório de trabalho
– 1º bimestre de 2014
Professor MS. Ronan
Gomes Gonçalves
Formação: Licenciado, bacharel e
mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista – Campus de
Marília.
1 ano cursado de Pedagogia pela
Univesp-Unesp de Assis.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM
EDUCAÇÃO: aluno estagiário em pesquisa acadêmica, pesquisador temporário em
censo penitenciário, alfabetizador de presos, professor de ensino básico na
rede pública, escritor.
1º BIMESTRE CONTEÚDO TRABALHADO: trabalhei temas transversais em sociologia enquanto as apostilas do currículo oficial não chegavam.
1º BIMESTRE CONTEÚDO TRABALHADO: trabalhei temas transversais em sociologia enquanto as apostilas do currículo oficial não chegavam.
1- O
que é sociologia e onde ela se aplica: expliquei o significado da palavra
sociologia, sua origem europeia – França e Alemanha -, sua presença como
formação complementar de muitas pessoas e seu uso variado em distintos campos.
Procurei mostrar como o conhecimento sobre a realidade social é usado pelas
empresas, na TV, na publicidade, em políticas públicas, em políticas
partidárias, na segurança pública e outros.
2- Movimento
Passe Livre e os protestos de junho de 2013: tratei da origem do movimento
Passe Livre, sua inspiração na “revolta do Buzu” ocorrida na Bahia em 2003, seu
caráter enquanto movimento juvenil, o papel da internet para a mobilização
nacional, a presença de setores violentos, a relação com a mídia e outros. Como
impactou a política nacional chegando a inspirar movimentos em outros países
(México), o surgimento de uma nova mídia, e como inspirou produções
estéticas: filmes, músicas, charges,
camisetas, peças de teatro, livros...
3- Educação
no Brasil: mostrei como o fato de o país ter sido escravocrata e muito rural
por longo tempo atrasou a criação de um sistema escolar amplo. Abordei o papel
dos jesuítas na criação das primeiras escolas e como somente no século 20 se
pensa uma rede laica e pública para o povo. Abordei como há fortes diferenças
regionais, ficando o Norte e o Nordeste com escolas mais precárias – muitas sem
energia elétrica. Citei os maiores desafios: 14 milhões de analfabetos no país,
muitos analfabetos funcionais e a necessidade de melhorar o ensino no geral.
Abordei a forte evasão no ensino médio: o país tem metade dos jovens de 15 a 18
anos fora da escola. Por fim, tratei como problemas estruturais do federalismo
– relação entre União e Estados – geram graves atrasos no setor, faltando um
currículo realmente unificado.
4- Atos
contra a Copa: abordei o fato de ter diminuído de 80% para menos de 50% a
aprovação popular sobre o evento. Que a crítica do povo ficou por conta de os
gastos bilionários não serem de primeira necessidade como saúde e educação, a
questão da corrupção que fez o evento custar mais que o dobro do que custou a
copa na Alemanha, a questão de ter havido despejos e remoções, acidentes de
trabalho com mortes e uso oportunista do evento por uns – houve clube que
chegou a contratar jogador com dinheiro público da copa. Expliquei quais eram
os grupos que organizavam as manifestações – geralmente jovens, estudantes,
gente de esquerda, mas também uns Black blocs (violentos). Tratei do fato de a
mídia ficar contra os atos, o governo mobilizar fortemente a segurança e de
como os atos vão aumentando conforme vai ficando mais próxima a copa. Também
abordei o papel de algumas personalidades e entidades que intervieram no
assunto.
5- Religião
no Brasil: expliquei que o país possui uma ampla diversidade religiosa por
conta da migração. Japoneses, árabes, portugueses, africanos, alemães,
estadunidenses, cada povo que veio pra cá e formou a base da nação trouxe uma
religião própria. Assim, o Brasil possui variadas entidades religiosas,
predominando a católica. Expliquei que até o século XIX o catolicismo era a
religião oficial, que há 30 mil denominações religiosas diferentes e que o país
possui ampla liberdade e tolerância religiosa. Assim, é muito mais fácil morrer
por conta de futebol do que por conta de credo religioso no país. Enquanto
outros países apresentam conflitos sangrentos por questões religiosas, no
Brasil as pessoas se matam por futebol. Expliquei que no país predominam
religiões oralizadas, havendo pouca leitura. Os grupos com maior carga de
leitura são o espírita e o judaico. Abordei o novo papel da TV para as
pregações e como é hoje importante estar na TV para que um grupo religioso
possua maior alcance. Tratei que o governo dá vários incentivos de isenção
fiscal para os grupos – IPTU, IPVA, IOF. Abordei a questão do trânsito
religioso e como está aumentando a população evangélica ao passo que diminui a
católica. Expliquei que os grupos religiosos possuem forte atuação social:
oferecem espaço de convivência, atividades culturais, apoio psicológico, orientação
ética e moral e que em muitos cantos, carentes de tudo, esses grupos são os
únicos a chegar.
Após o trabalho com os temas
transversais, dei início ao trabalho com o currículo oficial, as apostilas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR: pedi aos
alunos que assistissem no Youtube o filme documentário “Pro dia nascer feliz”
que aborda a educação e as diferenças de classe e de região sobre o assunto.
Cada aluno deveria apresentar um texto analítico sobre o filme. A escolha do
documentário também foi pensada para que eles possam adquirir a capacidade de
lidar com outros modelos estéticos.
METODOLOGIA: trabalho um tema a
cada duas aulas. Na primeira aula, para cada tema eu apresento um resumo escrito
na lousa que os alunos devem copiar, guardando uma síntese sobre o tema.
Escrevo os tópicos mais importantes. Em seguida, faço uma explanação oral na
qual explico cada tópico e adiciono várias informações que os alunos devem
copiar no decorrer da fala. Explico a eles que nas faculdades é assim e que
devem se acostumar a fazer anotações em sala. Na segunda aula, eu retomo mais
rapidamente o tema trabalhado e peço que os alunos escrevam um texto de até 30
linhas sobre o assunto abordado. Nesse texto, o aluno tem que colocar as
informações apresentadas, mas pode expressar, também, opiniões próprias, desde
que relevantes para o tema. O padrão de um máximo de 30 linhas é para eles se
acostumarem com o padrão pedido pelo ENEM. A escrita se baseia em estudos de
neuro-linguistas que afirmam haver maior aprendizado quando se escreve sobre o
tema estudado. No processo, eu explico cada palavra desconhecida dos alunos e
cada conceito para que eles possam adquirir maior vocabulário e capacidade de
leitura. Exijo máxima atenção enquanto explico.
AVALIACAO: as atividades do
caderno são vistadas. Elas são obrigação do aluno e a falta de cada uma
acarreta desconto na nota. O trabalho complementar conta como elemento
adicional na média. Há uma prova bimestral com cinco questões de múltipla
escolha baseadas no conteúdo trabalhado.
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